Assistimos recentemente a uma série de premiações de cidades mostrando o que muitas delas vêm fazendo na inovação da gestão pública e as oportunidades que surgem em decorrência.
Os fatores de premiação, no prêmio cidades excelentes do grupo da Band, em parceria do Instituto Aquila, são: Governança, Eficiência Fiscal e Transparência; Saúde e Bem-Estar; Sustentabilidade; Educação; Infraestrutura e Mobilidade Urbana; e Desenvolvimento Socioeconômico e Ordem Pública. Isso nas categorias: cidades até 30 mil habitantes; entre 30 mil e 100 mil habitantes; acima de 100 mil habitantes.
A premiação nacional ocorrerá em 11 de dezembro próximo, incluindo as categorias: cidades entre 100 mil e 500 mil habitantes; acima de 500 mil e Capitais.
A quem cabe estas premiações? Não somente aos prefeitos e seus secretários mas também aos vereadores que terão de se reinventar com a chegada da Reforma Tributária. Muito importante lembrar os observatórios sociais e outras organizações cidadãs que em muitas cidades ajudam na melhoria da gestão pública e colaboram efetivamente com as cidades que se apresentam vencedoras. Por fim, devemos lembrar dos habitantes que se orgulham dos seus municípios e que são fortes agentes nas suas mais variadas participações no desenvolvimento econômico e social.
Existe mais um fator importante que toda cidade deve aproveitar: atrações turísticas, em geral muito mal aproveitadas, atrações naturais, como também festivais, feiras e comemorações vindas das vocações locais e das atrações culturais e religiosas. Cabe reforçar que estas atividades movimentam as economias locais trazendo recursos que impulsionam o desenvolvimento e bem-estar dos seus habitantes.
Sem querer estragar a festa, cabe uma pergunta: o que falta para os 66,3% dos municípios que necessitam e dependem das “esmolas federais” e de uma maneira mais abrangente as pessoas que dependem de bolsas sociais estranhamente premiando o não trabalho? O dito “mentes ociosas, casa do diabo” leva estas pessoas para o mundo do crime, das drogas, das doenças, consumindo recursos que poderiam ser melhor aplicados.
O mais grave nisso tudo é que seus governantes e representantes utilizam os parcos recursos disponíveis para vantagens pessoais, corrupção, em descaso para com a gestão pública, perpetuando-se o ciclo nefasto e até diabólico das classes políticas despreparadas, mal-intencionadas, e dotadas de uma cultura política retrógrada.
As eleições municipais à frente são mais uma oportunidade de os eleitores escolherem seus representantes que sejam competentes e íntegros; não somente isso, mas participando e incentivando a criação de observatórios sociais, o desenvolvimento de vocações locais que incrementem a geração de riqueza e a arrecadação local, participando no esforço para que sua cidade venha fazer parte das listas dos municípios premiados.