Tecnologias Disruptivas e a Ética dos Agentes Públicos

Tecnologias Disruptivas e a Ética dos Agentes Públicos

Ventos novos a estibordo?

Peter Drucker, o pai da administração moderna, dizia que a tecnologia é o grande fator de sucesso ou fracasso dos empreendimentos.

Esta visão está muito presente na gestão da vida pública. Um exemplo recente de um ecossistema com baixa transparência, falta de ética e corrupto, é o sistema de táxi regulamentado, um castelo protegido. Este ecossistema era composto por políticos, vereadores, sindicatos dos motoristas, fiscais da prefeitura, empresários, subsistema de rádio táxi e alguns motoristas. Os que ficaram de fora… vida dura. Para os apaniguados, carros com custo 40% menor, bandeira 2 no final do ano, bandeira abaixada desde onde o veículo estava quando chamado, chegando a aumentar em 70% o custo da viagem.

A chapa desses carros restou valorizada e, quando do aumento da frota, as novas chapas acabavam caindo nas mãos deste ecossistema. Como vítima direta, os usuários do mau serviço. Não adiantava reclamar.

Os motoristas excluídos do sistema passaram a ter de rodar por mais horas, correndo todos os riscos dos quais os donos do ecossistema se viram imunes. Os mesmos que hoje denunciam os aplicativos como atividade escravagista.

Vieram os aplicativos, que sem todos esses privilégios, conseguem entregar um serviço muito melhor, com tarifas menores e com avaliação positiva e de imediato pelos usuários. E aí, manés?

E agora senhores vereadores e futuros candidatos? Poderão ser as novas vítimas da tecnologia. Neste mês veio à tona que uma lei municipal produzida por um agente de inteligência artificial, o ChatGPT, acabou sendo promulgada por unanimidade no Rio Grande do Sul. Aos possíveis afetados não adianta gritar contra o uso da tecnologia. A história está repleta de exemplos. Bem, nada é tão dramático, mas… imaginem que os eleitores comecem a valorizar vereadores que se utilizem deste recurso. Ou será que passarão a confiar em agentes éticos e transparentes e não em alguns, não poucos, que fazem parte dos castelos de privilégios?

Não somente isso. A fiscalização, utilizando os agentes inteligentes, conseguirá dar de pronto, aos observatórios sociais e movimentos como o GRITA! dados sobre as atividades dos políticos. Talvez o STF diga que o uso do novo recurso seja inconstitucional. Caramba! Os habitantes dos municípios desejam políticos corruptos? Não transparentes, não éticos?

Peter Drucker, se pudesse se dirigir aos que pretendem manter o atual estado de coisas, diria aos encastelados: sejam éticos, transparentes e proativos para com seus representados, os habitantes das suas cidades. Votemos em bons candidatos. Uma Política Moderna precisa ganhar corpo. A tecnologia pode ser um divisor de águas.

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Roberto Heinrich
Formado no ITA Turma Ele 70
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